Programei férias do trabalho para mês de julho, fiz o roteiro de bicicleta dobrável aro 16", após pegar um ônibus com origem em São Paulo SP com destino Londrina PR... buscando pedalar pelo interior de Paraná, Paraguai e Argentina onde acredito ter menos fluxo de veículos, trânsito, pessoas (eu estou errado, foi um trânsito extremamente violento e cheio de acidentes fatais pelas rodovias/rutas dos 3 países!!!) e acreditando de forma equivocada que o custo de viagem seria menor, ao contrário os gastos foram iguais ou maiores do que pedalar por grandes capitais estaduais/provinciais pois nas capitais há mais concorrência e preços menores.
Iniciei a viagem pedalando saindo da rodoviária de Londrina, muito organizada por sinal. Ao invés de escadas rolantes, utilizam rampas rolantes de acesso, facilita muito a vida do viajante que normalmente leva bastante peso... escolhi dessa vez percorrer pedalando locais por só passava de ônibus para outros destinos no passado... locais que penso ser mais tranquilos e a conexão com a natureza é mais intenso.
As cidades por onde passei em sua maioria tem a topografia plana, aqui em Londrina (homenagem a Londres mesmo por causa do clima frio e garoa constante e principalmente pela estrada de ferro que tem sua central aqui, distribuindo e desenvolvendo na época de sua construção as cidades vizinhas por onde a ferrovia avançou, com muitas cidades planejadas por todo interior oeste do estado do Paraná).
Museu Padre Carlos Weiss
Como pode perceber nas fotos, após semanas de sol intenso com dias lindos... bem na minha vez de viajar foram todos os dias de chuva, vento, frio, névoa, geada... foi a viagem mais desafiadora pensando em clima/tempo, não fui preparado para passar por essas coisas... pra você ter idéia, só levei um único suéter de lã bem fininho preto, não levei nenhuma calça, somente bermuda da mais fininha sem forro, ainda por cima levei sunga pensando nas praias de água doce margeando os rios... planejamento todo errado nessa idade sem levar em consideração tudo o que estava por vir quanto aos recordes de temperaturas baixas que ocorreram essas semanas de viagem nos 3 países!!!
Estava com medo de não aproveitar as férias direito por causa das baixas temperaturas, a viagem não se desenvolveu direito por causa do clima/tempo frio sempre abaixo de 10-C e muitos momentos da manhã/madrugada com temperatura/sensação térmica negativa... estava com muito receio de ficar doente ou até mesmo pagar uma passagem de ônibus de volta direto pra casa... não estava suportando o frio que faz no sul do continente. É por Deus que essa viagem aconteceu.
Procurei para essa viagem tirar todo o peso possível da bicicleta (toda alumínio, retirei bagageiro dianteiro e traseiro ostand alemão, coloquei pedais de alumínio, pedal alumínio, guidão alumínio, quadro alumínio, freio somente traseiro v-brake alumínio, não levei calças somente bermuda, levei somente um suéter fininho, etc...) viajei a moda antiga quando nem existia a palavra cicloturismo no Brasil: somente bike dobrável simples + mochila + documentos/dinheiro... e só!!! Quando jovem viajava dessa forma com caloi berlineta dobrável e era feliz também, passeio por um período de usar um monte de parafernálias, afirmo que não vale a pena... menos é mais!
A bicicleta ficou mais leve e desenvolvi uma cadência com muito mais velocidade e evolução... porém quase morri de frio durante a viagem... qualidade ou quantidade?!?!?
Sim conheci locais maravilhosos em Londrina... gostei, não moraria aqui por causa dos morros, custos de vida e frio... recomendo a viagem de bicicleta para turismo somente, não para morar. Também percorri todas a ciclovias possíveis, pois há vários mapas cicloviários na internet sobre as cidades do sul do Brasil, não dá pra saber muitas vezes quais são atualizados ou não, somente percorrendo de bicicleta por si próprio para descobrir se ciclovias são conectadas ou não, e muitas vezes nos surpreendemos quando temos o mapa no celular indicando uma estrutura que não existe e ao contrário também quando parece ser um local despretensioso de cidade pequena e mesmo assim possui alguma rede de ciclovias. No fim fui pedalando por Apucarana com destino à Maringá-PR
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